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O papel do leite materno nas infecções de bebês por rotavírus



Do nascimento ao sexto mês de vida, o único alimento necessário ao bebê é o leite materno. Ele, por si só, já é suficiente para hidratar, alimentar e fornecer os macronutrientes que o recém-nascido demanda para crescer forte e saudável. Essa grande fonte de água, gorduras, proteínas, hormônios e microbiota auxilia no desenvolvimento imunológico e combate diversas doenças às quais a criança está sujeita.

Um dos problemas mais comuns nessa primeira fase da vida é o rotavírus, uma infecção causadora de gastroenterite aguda (diarreia e vômitos), mas que em casos neonatais costuma ser assintomática.


Há um consenso entre os cientistas de que o aleitamento materno aumenta a proteção do recém-nascido contra a infecção por rotavírus, e se apresenta como um importante estimulador da resposta imunológica do bebê à vacinação.


Ciente desse cenário, uma equipe de pesquisadores se dedicou a analisar como alguns componentes do leite materno podem atuar diante de uma cepa específica do vírus, a G10P, muito comum em uma região da Índia. O estudo publicado na renomada revista Nature aponta que alguns açúcares e bactérias do leite afetam a infectividade dessa cepa, possibilitam o surgimento de alguns sintomas gastrointestinais e melhoram a resposta a uma vacina específica para o rotavírus.

O resultado, por si só, destaca a relevância da amamentação e contribui para que a ciência continue explorando outras formas de aumentar a eficácia das vacinas, principalmente nos países que mais sofrem com a doença.


Quais as vacinas disponíveis até o momento?


No Brasil, são administradas duas vacinas via oral. São elas:


- Vacina oral monovalente (VRH1): contém um tipo de rotavírus “enfraquecido”, indicada para crianças a partir de 6 semanas de idade, em duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas.


- Vacina oral atenuada pentavalente (VR5): composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, recomendada a partir de 6 semanas de idade, em três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas.


É importante ressaltar que a aplicação dessa imunização deve ser feita a primeira dose, obrigatoriamente, até os 3 meses e 15 dias, com a última dose dada até os 7 meses e 29 dias.


Caso tenha alguma dúvida, nossa equipe está à disposição para te ajudar. Vacinar faz bem, e você pode contar com a gente!



Fontes:

Ramani, S., Stewart, C.J., Laucirica, D.R. et al. Human milk oligosaccharides, milk microbiome and infant gut microbiome modulate neonatal rotavirus infection. Nat Commun 9, 5010 (2018). https://doi.org/10.1038/s41467-018-07476-4

Sociedade Brasileira de Imunizações. <https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-rotavirus>

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