“É só mais uma doença com um nome difícil...” OK, isso pode ter passado pela sua cabeça em algum momento, entretanto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são 1,2 milhões de casos e 135 mil mortes por meningite a cada ano no mundo. É, pareceu pior do que você pensava. Calma, a preocupação é válida, mas chegou a hora de tirar dúvidas e entender o que dá pra fazer para proteger você e sua família. Dá uma olhadinha!
ANTES DE TUDO: O QUE É “MENINGITE”?
A meningite é uma doença em que ocorre a inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Entre os tipos mais comuns está a meningocócica, causada pela bactéria “Neisseria meningitidis” (meningococo) e seus cinco sorogrupos: A, B, C, W e Y.
De modo geral, o meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias e saliva, especialmente durante o contato próximo ou demorado com o portador, algo visto frequentemente entre pessoas que vivem na mesma casa. Essa transmissão também é facilitada em ambientes com aglomeração de pessoas, contribuindo para o desencadeamento de surtos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), apesar da queda no número de casos de meningite, a letalidade segue alta: cerca de uma a cada cinco pessoas infectadas morrem. Esse cenário é motivado, principalmente, pela rápida evolução da doença. TUDO BEM, E QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Deixamos claro que, antes de tudo, é preciso procurar atendimento médico assim que algum desses sintomas vier à tona. Por isso, fique atento a sinais de:
Febre alta;
Dor de cabeça forte;
Vômitos;
Rigidez no pescoço e dificuldade em movimentar a cabeça;
Manchas vinhosas na pele;
Sensibilidade à luz;
Confusão mental;
Estado de desânimo, moleza;
Nos bebês: moleira tensa ou elevada, gemidos ao serem tocados, inquietação com choro agudo e rigidez corporal com movimentos involuntários.
Vale a pena ressaltar que a disseminação do meningococo pelos vasos sanguíneos pode causar, além das manchas na pele, necroses que podem levar à amputação do membro acometido. Além disso, o risco de morte que já é alto pode chegar a 70% se a infecção for generalizada (meningococcemia). De acordo com a SBIm, de 10 a 20% dos sobreviventes ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos ou membros amputados.
COMO EU POSSO ME PROTEGER DISSO?
Atualmente, há três vacinas contra a doença meningocócica. Conheça:
Vacina Meningocócica B: essa vacina inativada oferece proteção contra o meningococo do tipo B. São recomendadas quatro doses para crianças, sendo as três primeiras aos 3, 5 e 7 meses e a última entre 12 e 15 meses; para os adolescentes não vacinados são indicadas duas doses com intervalo de um mês. As demais faixas etárias demandam orientação profissional. Consulte um médico.
Vacina Meningocócica C conjugada: essa vacina, também inativada, protege contra o tipo C da bactéria. Ela é recomendada para crianças (aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses), adolescentes (duas doses com intervalo de cinco anos) e adultos (em situações que justifiquem, tomar uma única dose).
Vacina Meningocócica conjugada quadrivalente - ACWY: por meio de uma única vacina, é possível prevenir a doença meningocócica causada pelos quatro tipos de meningococo. Para crianças, a vacinação deve iniciar aos 3 meses de idade, com três doses no primeiro ano de vida e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam essa vacina, são indicadas duas doses com intervalo de cinco anos.
A SBIm recomenda que a vacina ACWY seja a preferida para crianças, adolescentes e adultos, pois é mais completa. Entretanto, em todas essas faixas etárias, na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a meningocócica C.
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- Fontes:
Sociedade Brasileira de Imunizações, SBIm, “Doença meningocócica (DM)”. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/88-doenca-meningococica-dm
Ministério da Saúde, MS, “Meningite”. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/103meningite.html
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